Às sete da manhã, no after, eu sou uma pintura do Monet, sem perspectiva nem fronteiras definidas, diluída no som que agora mesmo faz vibrar o meu esqueleto, e eu, de olhos fechados, penso que nunca compreendi tão bem a proposta filosófica do Coccia no “Metamorfoses”, e que ser humano, de facto, não é nada de especial, é só uma ficção do sujeito epistemológico moderno que precisa de delimitar para conhecer, e que tanto eu como as partículas de ar somos só coisas que vibram para que se ouça o som.