MOMENTO I
24 MAIO — 11 JUNHO
MOMENTO I
24 MAIO — 11 JUNHO
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Nuno Rodrigues
Este Peixe é um Robalo
Cristóvão Cunha e António Alvarenga

  • 24-26 maio 2023, 21:30h
  • Mercado do Rato

Este Peixe é um Robalo
Cristóvão Cunha e António Alvarenga

  • 24-26 maio 2023, 21:30h
  • Mercado do Rato
  • 50 min
  • M/12

Criação, dramaturgia e ideia original: António Alvarenga
Co-criação, interpretação, luz e direção técnica: Cristóvão Cunha
Participação especial: Sofia Dinger
Criação vídeo: Kátia Sá e Paulo Morais - Sámorais
Desenho de som: José Marques
Apoio à coreografia: João Fiadeiro
Consultadoria gastronómica: Rosário Pinheiro
Design e comunicação: Nuno Rodrigues
Assistência à produção: António Barbosa
Contabilidade: Contraponto
Produção: Ritual de Domingo - Associação Artística
Apoios: Fundação Calouste Gulbenkian, Festival Temps D’Images, Núcleo de Animação Cultural de Oliveirinha (NACO), Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (POISE), União Europeia - Fundo Social Europeu: Iniciativa Emprego Jovem, Portugal 2020, Mercado do Rato/Dona Ajuda/Praça, Bienal Cultura e Educação#1 - Retrovisor - República Portuguesa.
Agradecimentos: Município de Viseu, Círculo de Criação Contemporânea de Viseu - Polo1, António Simões, Adriano Filipe, Sónia Barbosa e Helena Botelho.

Como mergulhar no “novo” e ficar por ali, como uma criança, a ver o mundo pela primeira vez? Como nos maravilharmos com a profundidade e a repetição, encontrando significados “apenas” a partir do gesto. Como nos apaixonarmos porque fingimos estar apaixonados. Se fingirmos mesmo bem, o Pinóquio transforma-se em criança, a ficção “é”.
Não sabemos nada sobre robalos. Mas não é grave pois não sabemos nada sobre quase tudo. Se dedicarmos uma vida a um assunto, talvez possamos passar de não saber nada a saber muito pouco. Não sabemos nada sobre robalos, mas comemos robalos. Há biliões de robalos no mundo, milhões de pescadores de robalo, milhares de pessoas cujas vidas giram em torno do robalo, das suas caraterísticas e do seu corpo. É um jogo, mas não é uma brincadeira.
O que comemos? O que fazemos quando comemos? Qual a forma da nossa boca? O que vêem os outros quando comemos? Comem connosco? O robalo será servido, comido e digerido, mas, desta vez, por um ator que tudo sabe sobre ele. Que conhece todos os robalos do mundo.
Assistiremos a esse momento único em que passamos a saber pouco sobre um assunto do qual não sabíamos nada. Um ator, uma dramaturgia, uma mesa, pratos e talheres, vídeo e som ajudarão a fixar esse momento.
"Este peixe é um robalo" é um espetáculo sobre o não-saber. Sobre a possibilidade de um não-saber ativo que nos permita, literal e provisoriamente, olhar o mundo pela primeira vez. Um não-saber que nos ponha o coração a bater mais forte, enquanto espera.
O coração bate mais forte precisamente porque sabemos que vai chegar, mas não sabemos quando. Sabemos que vai terminar, mas não sabemos quando nem como. É isso que nos anima. Acreditar que virás, mas não saber exatamente quando.
"Este peixe é um robalo" é um espetáculo sobre o que vemos todos os dias e nos passa pelas mãos, sobre o que nos entra pelo corpo adentro e desconhecemos. Sobre o que engolimos sem saber: a cauda, o filete, a cabeça e as espinhas; o acontecimento, o padrão/tendência, o sistema em movimento e a meta-estrutura. E a inevitabilidade da confiança.

Biografias

António Alvarenga (n. 1974) trabalha em Prospetiva, Estudos do Futuro e Planeamento por Cenários, com ligações (por vezes inesperadas, mas fortes) a outras áreas, com ênfase particular nas artes performativas. Parece que o seu foco é o futuro, mas, na verdade, trabalha sobre o presente, em particular sobre a forma como a experiência e as expectativas se materializam em decisões, e sobre os matizes da interação entre “nós” e o “nosso contexto”. É Professor Associado Convidado na Nova SBE (“Strategic Foresight and Scenario Planning”) e fundador da ALVA R&C, tendo trabalhado, nos últimos anos, com +100 organizações nacionais e internacionais. Integra, como investigador, o Centro de Estudos de Gestão do IST (U. Lisboa), sendo ainda investigador associado do Instituto de História Contemporânea (FCSH – U. Nova Lisboa). Conta com múltiplas contribuições para livros e publicações em revistas internacionais de referência. É doutorado em Ciências da Gestão (Lyon 3), licenciado em Economia (FEP - U. do Porto), Mestre em Estudos Económicos Europeus (Colégio da Europa – Bruges) e Pós‑Graduado em Estratégia (ISCSP – U. de Lisboa). Está a trabalhar na peça “Como/Solitude” e, sob diversas formas, em “Conselhos para colocar as coisas no seu devido lugar errado” (escreveu 426 até ao momento). Com João Fiadeiro, criou o projeto “(soft) Skills for (hard) Decisions (SfD)”, protagonizou a reposição da conversa-performance “O que eu sou não fui sozinho” (2018) e participou, como performer, na versão expandida da peça “O Que Fazer Daqui Para Trás” (2019). Nos últimos anos, entre outras intervenções, criou ou co-criou: “A Fragilidade de Estarmos Juntos” (com Miguel Castro Caldas e Sónia Barbosa); “Madame - conversas privadas em espaço público” (com Leonor Barata); “Do meu lugar, eu vejo-te” (com Leonor Barata); “Nada Pode Ficar” (co-responsável pelo argumento e ideia original); “Fluxodrama” (co‑criador; peça da Amarelo Silvestre); “Neighbouring” (série de diálogos cumulativos). Tem formação em teatro, poesia vocal, fotografia e cinema e escreveu para fotografia e sobre cinema. Foi Diretor do Departamento de Estratégias e Análise Económica da Agência Portuguesa para o Ambiente, Relator do Compromisso para o Crescimento Verde do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Diretor do Departamento de Inovação e Sectores Estratégicos da Câmara Municipal de Lisboa e Diretor de Serviços de Prospetiva Estratégica do Departamento de Prospetiva e Planeamento. Tem duas filhas cada vez menos pequenas. Corre.

Cristóvão Cunha (n. 1978). Faz da sua curiosidade a base da sua vida multifacetada em vários domínios, cruzando áreas e funções no mundo das artes performativas. Licenciado em Comunicação Social na Escola Superior de Educação de Viseu (IPV) e Comunicación Audiovisual em Salamanca (Facultad Ciencias Sociales, Universidad Salamanca). Começou como ator e produtor no Teatro da Academia de Viseu em 97 (enquanto estudante e jogador de basquetebol do Académico de Viseu) e iniciou o percurso profissional no Teatro Viriato em 2000 e na Companhia Paulo Ribeiro em 2001. Colaborou como desenhador de luz de vários criadores de dança ou teatro como Paulo Ribeiro, Nuno Nunes, Rui Catalão, Madalena Vitorino, Romulus Neagu, Patrick Muryes, Pieter Michael Dietz, Leonor Keil, Giacomo Scalisi, Sónia Barbosa, Eric Moed, Teatro do Vestido, Teresa Gentil, Amarelo Silvestre, Miguel Castro Caldas, Ruben Sabandini, La Ribot e Vera Mantero para o grupo Dançando com a Diferença, entre outros. Foi diretor técnico e desenhador de luz da Circolando entre 2006 e 2012. Colaborou pontualmente nas digressões de Marlene Monteiro Freitas.Actualmente também é director técnico digressões da Playfalse, Yola Pinto e Simão Costa Transdutctions, Graeme Pullyen, Escola de Dança Lugar Presente, operação e montagem luz, na Companhia Paulo Ribeiro desde 2002, e director técnico e desenhador de luz dos Jardins Efémeros em Viseu de 2011 até atualidade. Já percorreu, enquanto diretor técnico, muitos países conhecendo vários teatros e festivais internacionais de dezenas de cidades e localidades de 4 continentes. Membro do Cine Clube de Viseu desde 1997 (Presidente entre 2002 e 2006) sendo atual vogal do Conselho Fiscal. Como ator, esteve no Teatro da Academia (Teatro Universitário) de 1997 a 2001 em peças de Jorge Fraga. Noutra vida, a nível profissional trabalhou com John Mowat (Auto da Barca para a Companhia Paulo Ribeiro 2002), Viriato de Diogo Freitas Amaral e encenação Jorge Fraga/Teatro da Trindade 2003, Penelope/Teatro Mais Pequeno do Mundo de Graeme Pullyen (2011 a 2014). Membro fundador do Fórum Teatro Universitário 1998. Encenador de peças e director artístico do festival Palco para Dois ou Menos para a NACO (Núcleo de Animação Cultural de Oliveirinha, Carregal do Sal) de 2005 à atualidade. Membro Fundador da associação Ritual de Domingo com Sónia Barbosa em 2016 onde desempenha as funções de vice-presidente, produtor executivo e director técnico/desenhador de luz. Três filhos. Fez o seu primeiro vinho com o irmão em 2019.

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Alípio Padilha
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Jessica Guez

  • 27 e 28 maio 2023, 21h30
  • CAL - Primeiros Sintomas

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Jessica Guez

  • 27 e 28 maio 2023, 21h30
  • CAL - Primeiros Sintomas
  • 50 min
  • M/12

Conceito, coreografia e interpretação : Jessica Guez Dramaturgia e acompanhamento artistico : Maša Tomšič e Bernardo Chatillon Olhar exterior : David Marques Interprète participante no processo : Xavier Ovídio Operação técnica luz e som : Tiago Gandra Figurinos: Jessica Guez com elementos recuperados da coleção do coreógrafo Daniel Larrieu Apoios e coproduções : Self-Mistake, Temps d'Images Lisboa, Festival ZOA et DGArtes - Ministère de la Culture de la République Portugaise Residências : Honolulu-Nantes, Trust Collective, Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, Gaivotas, e Companhia Olga Roriz Agradecimentos : Nuno Bernardino, Delfim Sardo, Milton Pereira, Daniel Pizamiglio, Elisa Pône, Rita Barreira, Nuno Marques e José-Maria & Marta



Entre a exposição e o espectáculo, “Looking From a Window Above” inspira-se nos vários sítios onde a artista desenvolve as suas práticas: o quarto, o atelier e a cena. Nasce de um desejo bastante simples: dançar com as suas pinturas.

Esta peça materializa fantasias vindas de lugares interiores e, por vezes, íntimos, como a memória e o imaginário. Essas fantasias ou imagens interiores vêm também de músicas tradicionais e pop, e de obras do passado, em particular uma pintura barroco-italiana de 1522 (neste caso, da sua reprodução fotográfica em low-quality).

Existe um desejo de partilhar e promover formas de relação física e pessoal com objetos artísticos: do poster no quarto à pintura no museu. Na exposição dessa intimidade em cena, ao mesmo tempo que acontece a exposição das pinturas, tenta-se deixar a fragilidade e a vulnerabilidade - ligadas em parte ao quotidiano, ao humano - circular dentro das forças que se produzem na convenção ou hábito cultural que é um espectáculo, um público a ver uma forma artística.

Biografias

Jessica Guez é artista e performer transdisciplinar francesa.
Dança com pinturas (às vezes feitas por ela) e apropria-se da arte com o corpo e a imaginação. Procura usar uma certa ingenuidade e fragilidade como ferramentas de representação via formas misturadas de vídeo, dança, pintura e música. Interessa-se em colaborar de várias formas com diversos artistas como Ruy Otero, Lina Schlageter, Miguel Pereira. Fez um documentário sobre o DJ Nuno Bernardino e criou exposições em espaços domésticos.

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Truta no Buraco
Os Mortos Têm Todos as Mesmas Penas
Truta no Buraco

  • 1-3 junho 2023, 22h30
  • Damas | concertosnasdamas@gmail.com

Os Mortos Têm Todos as Mesmas Penas
Truta no Buraco

  • 1-3 junho 2023, 22h30
  • Damas | concertosnasdamas@gmail.com
  • 60 min
  • M/16

Concepção e Encenação: Andreia Farinha, João Melo, Anafaia Supico e Raphael Soares
Texto: Andreia Farinha
Vídeo: João Melo
Sonoplastia: Raphael Soares
Música: José Smith Vargas e Raphael Soares
Figurinos: Anafaia Supico
Espaço Cénico: Andreia Farinha e João Calixto
Assistência Cenografia: Catarina Sousa e Rafael dos Santos
Interpretação: Andreia Farinha e João Ayton, com participação de Anafaia Supico, João Melo, Raphael Soares e Francisca Bagulho
Interpretação Musical: Laura Farinha
Operação de Som e video: Raphael Soares
Produção e Comunicação: Francisca Bagulho e Anafaia Supico
Design Gráfico comunicação: Begoña Claveria
Conteúdos gráficos e memes: Ricardo Donas
Apoios: Fundação GDA, Temps D’Images/ Dupla Cena, Self-Mistake, Damas, ARS-ID Associação de Investigação e Desenvolvimentos, Cão Solteiro, RDA69, Câmara Municipal de Lisboa / Pólo Cultural Gaivotas Boavista
Agradecimentos: CERAS centro de estudo e de recuperação de animais selvagens (Quercus - Beira Baixa), Campo de Alimentação de aves necrófagas - Monte Barata (Quercus - Beira Baixa), Estúdio Fetra, Balaclava Noir, Rodrigo Amado e familiares de Manuel Amado, Pedro Rita, Manuel Bívar

Ao longo do tempo das nossas vidas humanas há um ponto em que sentimos claramente que o chão começa a puxar, devagarinho, o corpo começa a ganhar peso.
Então atiramos os olhos para cima, as mãos erguidas em flor a abocanhar o céu, a implorar tréguas à gravidade.
Para uns é assim que se encontra Deus, para outros é assim que se descobrem as aves.
Em 1813, o famoso ornitólogo John James Audubon relatou ter assistido a um bando migratório de biliões de pombos-passageiros no Kentucky, tão compacto que por três dias “a luz do meio-dia foi obscurecida como por um eclipse”.
O último exemplar desta espécie chamava-se Martha e morreu em 1914 no jardim zoológico de Cincinatti.
É sobre o céu que nos inclinamos nesta peça, para que possamos, antes que seja tarde demais, aprender algo com os que, realmente, cagam de alto.

Biografias

Truta no Buraco é uma companhia formada por um bando de gentes que foi, nos últimos anos, consolidando um estilo e uma equipa artística, com o objectivo de pensar socialmente a vida e a cultura, despertos para a clarividência de que a nossa condição assim o exige. A solidão a nós não nos privilegia.

O nome surge de uma mítica entrevista de José Mourinho em 2018 em que o mesmo cita o filósofo Hegel para explanar a máxima " The truth is in the whole" que, no seu inglês macarrónico nos soou a "the trout is in the hole".

Ora, é precisamente sobre a reflexão do todo que o nosso trabalho pretende incidir, construindo uma perspectiva histórica a partir da sua sombra.

Andreia Farinha, formada em teatro em parceria com João Melo vindo do cinema, em colaboração contínua com José Smith Vargas, Manuel Bivar, e mais recentemente com Raphael Soares, Anafaia Supico, João Ayton, Ricardo Donas, e Francisca Bagulho, formam esta quadrilha.

Abrigamos a convicção de que este grupo está genuinamente empenhado em produzir pensamento crítico sobre o mundo através de uma cultura mais acessível e menos apelintrada e piegas politicamente. E assim, quixotescamente, temos vindo a aprimorar-nos nos meandros das artes a que, para mal dos nossos pecados, decidimos dedicar-nos.

Neste tempo de Ubus gostaríamos de aproveitar, enquanto o sangue ainda é inflamável, para o desperdiçar no teatro. É tudo.

Andreia Farinha (1984, Lisboa) é licenciada pela ESTC em Teatro, Realização Plástica do Espetáculo, tendo passado pela Visoka Skola Muzickych Uméni, em Bratislava, e completado o seu estágio final com a companhia “Terreira da Tribo”, em Porto Alegre, Brasil. Trabalhou como atriz, dramaturga e professora de práticas teatrais em diversos projetos de carácter social e comunitário, tanto no cinema, com Terratreme ou Filmtopia, como na área do teatro associativo, com a Fundação Aga Khan. É co-fundadora da Companhia Truta no Buraco.

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Jorge Albuquerque
The Wild Flowers
Rui Neto

  • 2-3 junho 2023, 21h30, 4 junho 2023, 16h
  • Teatro Ibérico

The Wild Flowers
Rui Neto

  • 2-3 junho 2023, 21h30, 4 junho 2023, 16h
  • Teatro Ibérico
  • 70 min
  • M/16

Um projecto de Rui Neto, a partir de Hamlet de William Shakespeare
Com: Francisco Monteiro Lopes, Helena Caldeira e Miguel Amorim
Participação Vídeo: Luís Gaspar, Daniel Viana, São José Correia, André Leitão, Nuno Pinheiro e Telmo Ramalho
Assistência: Maria Roque
Vídeo: Jorge Albuquerque
Desenho de Luz: João Rafael Silva
Sonoplastia: Cristóvão Campos
Apoio à Dramaturgia: Statt Miller
Apoio à Produção: Martyn Gama
Apoio: Museu Nacional Do Teatro E Da Dança, DuplaCena, Teatro Ibérico, Escola De Mulheres, Boutique Da Cultura, Centro Cultural da Malaposta, CAL/Primeiros Sintomas, Abruxa Teatro
Financiamento: Fundação Gda - Apoio À Criação, Festival Temps d’Images, Câmara Municipal de Lisboa

“Hamlet joga Playstation, fechado no quarto desde a morte do pai.” - assim começa esta tragédia.

THE WILD FLOWERS é um projecto pop-experimental em torno da peça Hamlet, de William Shakespeare, onde se propõe uma desconstrução do clássico, perseguindo um cruzamento do teatro com o video, e uma pesquisa do espaço-personagem Hamlet. Ainda que ancorada no texto original, é uma reescrita original do clássico, assente na exploração do corpo enquanto vocábulo da acção, transpondo os limites da linguagem falada e da identidade de género.
HAMLET, cujo a inversão nos oferece o nome TELMAH, é também um reflexo das hipóteses que ele próprio encerra, permitindo o questionamento do “espaço-personagem” pelos intérpretes, e a derivação de universos. Hamlet, o esboço vitruviano da humanidade, a mitologia do corpo clássico, que nos recebe como espaço para ensaio. Nele apetece inverter narrativas e explorar os nossos próprios reflexos, servindo um corpo de memórias e ambições que estão para além da história e do seu autor.

Biografias

Rui Neto é licenciado em Teatro/Formação de Actores, pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Mestre em Comunicação e Artes - pela FCSH da Universidade Nova de Lisboa. Em 2010, integrou a XIX edição da Nova École des Maîtres. Estreou- se como Ator, em 1999, com o espetáculo O Achamento, uma encenação de Madalena Wallenstein. Trabalhou com encenadores como João Garcia Miguel, Joaquim Benite, Carlos J. Pessoa, Carlos Gomes, Celso Cleto, Matthew Lenton, Álvaro Correia, Maria João Luís, João Mota e João Lourenço. No cinema participou em Mistérios de Lisboa, de Raul Ruiz e na curta-metragem de Inês Oliveira O Nome e o N.I.M.. Em televisão, tem integrado regularmente os elencos de novelas e séries para os diversos canais nacionais. Tem desenvolvido, paralelamente ao trabalho de ator, projetos na área da escrita e criação teatral, com os espetáculos Luto, Worms (financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian 2013), Mechanical Monsters (financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian 2015) e Catch My Soul, para o Teatro de Carnide. Encenou Huis Clos, de Jean-Paul Sartre para o Teatro de Carnide, e A Cabeça Muda, de Cláudia Lucas Chéu (financiado pela GDA e pela Direcção Regional de Cultura do Algarve, numa produção da LAMA). Em 2015 assina a encenação de Breviário para um Extermínio Silencioso, a partir da peça Contractions de Mike Bartlett, para a Companhia Escola de Mulheres. Em 2016 funda a LoboMau Produções com o espectáculo Trocava a minha fama por uma caneca de cerveja, uma criação conjunta com Teresa Sobral para o Festival Glorioso Verão do Teatro São Luiz, seguindo-se a encenação de Huis Clos-No Exit, de Jean-Paul Sartre. Integra o Festival Encontros do DeVIR 2017, com o espectáculo Neptuno, uma encomenda do CAPA/DeVIR. Em 2017 cria o espectáculo Välute, e circula em 2018 com o apoio simplificado da DGArtes. Em 2019, cria O Crocodilo ou o Extraórdinario Acontecimento Irrelevante para o Teatro São Luiz e 3GODS para o Trindade. Seguem-se projectos no âmbito audiovisual, com destaque para Bernardo’s World Domination, uma encomenda da RTP para o centenário do nascimento de Bernardo Santareno; Titus, longa metragem com realização conjunta com Jorge Albuquerque.. Em 2022 encena para o Teatro Aberto.

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Joana Braga
Os Passos em Volta
Joana Braga e Diogo Alvim

  • 3-4 junho 2023, 16h
  • Doca de Alcântara, junto à entrada da gare marítima de Alcântara

Os Passos em Volta
Joana Braga e Diogo Alvim

  • 3-4 junho 2023, 16h
  • Doca de Alcântara, junto à entrada da gare marítima de Alcântara
  • 240 min
  • M/12

Direcção artística: Joana Braga Concepção: Diogo Alvim e Joana Braga Apoio concepção: Andresa Soares Texto: Joana Braga e excertos de Concrete Island, J. G. Ballard e Os Passos em Volta, Herberto Helder Som: Diogo Alvim Vozes: Diogo Alvim, Joana Braga, Raquel entidade artificial Guias-performers: Diogo Branco, Diogo Alvim, Janis Dellarte, Joana Braga, Mauro Soares Produção executiva: Ricardo Batista Registo vídeo: Tânia Moreira David Registo fotografia: Pedro Jafuno Produção: Descampado Ocupado Co-Produção: Temps d'Images Apoio: Museu da Água, Porto de Lisboa Financiamento: República Portuguesa | Direcção Geral das Artes

Os Passos em Volta é um percurso em torno do vale de Alcântara que explora a dimensão performativa do caminhar e propõe um jogo de percepção através do som, da imagem e da palavra, procurando interrogar e reconfigurar a nossa relação com os tempos e usos da cidade. A fisionomia deste vale é sulcada pelas vias de ligação automóvel e ferroviária que remeteram para a invisibilidade subterrânea o curso da ribeira de Alcântara. Ao mesmo tempo, rasgam o tecido da cidade, isolando bairros que, no meio do traçado viário proliferativo, se tornam uma espécie de ilhas, enclaves envolvidos pelo mar viário, estilhaços do que foi a trama contínua da cidade. Considerada como a maior bacia hidrográfica de Lisboa, a morfologia desta área esconde a presença da água, que se manifesta apenas na recorrência de inundações sazonais. Cruzando o vale e percorrendo os bairros implantados nas suas encostas, o trajecto cruza zonas familiares, espaços negligenciados na história urbana e lugares escondidos, revelando a complexidade dos estratos que o compõem. Propõe, assim, um mergulho neste território profundamente marcado pela tensão entre os grandes gestos de organização do espaço urbano e as formas de o habitar quotidianamente. Em pontos específicos do percurso retomaremos a visão de pássaro similar à do planeamento, presente na contemplação distanciada da paisagem, para depois mergulharmos todos os sentidos nos detalhes de cada lugar que atravessamos e que simultaneamente nos atravessam. A experiência da caminhada será entrelaçada a uma constelação de estímulos, um conjunto de propostas sonoras, visuais e discursivas que procuram alterar a percepção e potenciar novas leituras, para suscitar uma experiência caleidoscópica, uma profusão de pontos de vista e de escuta que se reconfiguram sucessivamente ao longo do percurso.

Biografias

Joana Braga é arquitecta, artista, investigadora. O seu trabalho articula práticas espaciais, discursivas, sonoras, visuais e performativas para explorar a experiência estética do espaço e também as suas dimensões culturais, políticas e sociais. Debruça-se sobre a caminhada como prática experimental e artística para repensar criticamente o espaço habitado e a relação que com ele estabelecemos. A sua actividade tem sido multifacetada, compreendendo a investigação, a curadoria, a escrita e a prática artística.

Diogo Alvim estudou arquitectura e composição. Trabalha na fronteira entre a música e a artes sonoras, explorando as suas interações com a arquitectura, e contextos específicos. Interessa-se por expandir a prática da composição musical enquanto dispositivo de investigação e transformação. Trabalha regularmente em colaboração com coreógrafos, encenadores, performers e artistas visuais e sonoros.

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Francisca Manuel
Sete Dias Com o Mar à Minha Esquerda
Francisca Manuel

  • 8 junho 2023, 17h, 9-10 junho 2023, 19h
  • Rua das Gaivotas, 6

Sete Dias Com o Mar à Minha Esquerda
Francisca Manuel

  • 8 junho 2023, 17h, 9-10 junho 2023, 19h
  • Rua das Gaivotas, 6
  • 29 min
  • M/12

Criação e Realização: Francisca Manuel Argumento: Francisca Manuel e Stephanie Ricci Produção Executiva: Francisca Manuel Direcção de Produção e Produção Local: Gabriela Perdomo e Kate Saragaço-Gomes Assistente de Produção: Simão Pereira e Francisco Melo Bento Elenco: Crista Alfaiate, Rita Cabaço, Cidália Machado, Elisa Muraro, Irina Becker e Paula Nunes Direção de Fotografia: Ivo Lopes Araújo Correção de cor: Pablo Nobrega Assistente de Imagem: Juliane Rupar Som: Adriana Bolito Montagem de som: Marcelo Tavares Figurino: Rafaela Salgueiro Montagem: Ian Capillé e Francisca Manuel Drivers: João Fontes e Lourenço Vargas Organização: efabula Apoio à produção: Miragem Apoios: Câmara Municipal da Madalena; IC – Image Constellation; Clube Naval de S.Roque; Begs & Bags; Casa do Povo da Criação Velha, Café Concerto, O Galeão Apoio financeiro: República Portuguesa – Direção-Geral das Artes Agradecimentos: Casa do Xisto – Catarina de Sousa, Stand Outeiro, Tasquinha Requinte, Road Side Cafe, Gonçalo Tocha, Nuno Pereira, Rita Mendes, Adega Lucas Amaral, Silvia Silveira Silva, Marina Diniz, Fernando Silva, Sónia Pires, Jorge Pereira, Annia Hidalgo, Daniel Pena, Elke Brockmann, Oliver Lotz, Sónia Rosa

Um grupo de mulheres contorna a Ilha do Pico numa longa caminhada. Durante esse percurso e num ambiente insular apocalíptico, a busca por uma figura perdida mistura-se com questionamentos sobre as suas existências individuais.

Biografias

Francisca Manuel é artista e realizadora. Iniciou uma trilogia nos Açores em 2017 com as vídeo- instalações: “Catherine ou 1786” e “Vale das Dúvidas”. Além das obras de ficção "Avenida 211","Travel Shot","Madame" e as documentais "A coragem de Lassie” e "Vermelho Selva", colaborou com outros criadores na realização de "Our Skin","Mina" e ”O Gesto”. Em 2011 e 2014 trabalhou no Brasil com as produtoras Filmes de Quintal e Anavilhana. Membro de O Lugar do Meio, associação cultural e ambiental.

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Catherina Cardoso
Darktraces: on ghosts and spectral dances
Joana Castro e João Catarino

  • 9 junho 2023, 19h
  • Cinema São Jorge, Sala 3

Darktraces: on ghosts and spectral dances
Joana Castro e João Catarino

  • 9 junho 2023, 19h
  • Cinema São Jorge, Sala 3
  • 30 min
  • M/6

Conceito e direção artística: Joana Castro
Realização e montagem: Joana Castro e João Catarino
Filmagem e pós-produção: João Catarino
Com: Ana Rita Xavier, André Mendes, Maurícia Barreira Neves e Thamiris Carvalho
Som: Joana Castro e Rafael Maia
Pós-produção de som: Joana Castro
Desenho de luz: Mariana Figueroa
Espaço cénico: Joana Castro
Figurinos: Silvana Ivaldi
Residências artísticas e apoios à criação: Balleteatro, CAMPUS Paulo Cunha e Silva, Devir Capa, Pro.dança, Visões Úteis, Reitoria da Universidade do Porto, Teatro de Ferro, Companhia Instável, Serralves – Museu de Arte Contemporânea e Self-Mistake
Residência de co-produção: O Espaço do Tempo
Co-produção: DuplaCena

Darktraces: on ghosts and spectral dances é um filme realizado por Joana Castro e João Catarino a partir do mais recente projeto coreográfico, com o mesmo título, de Joana Castro, estreado em Maio de 2022 em Serralves, museu de Arte Contemporânea no âmbito do Festival Dias Da Dança do Teatro Municipal do Porto.
“To be haunted by a ghost is to remember something that has never been experienced, to have the memory of what was essentially never present.” - Jacques Derrida
Uma dança na desaparição do seu próprio rastro. Sem pertença. O que foi e já não é materializa-se em corpos que dão lugar às suas múltiplas existências, fantasmas de si, já extintos ou por vir, que tanto pertencem à matéria como à memória, à imaginação e à realidade percepcionada, ao visível e ao oculto. Partilham uma solidão existencial entre a vida e a morte.
Partindo dos seus próprios fantasmas estas performers (des)(re)constroem presenças, (des)multiplicam-se noutros corpos, noutras danças, tendo presente tanto a relação com as suas assombrações, desde memórias experienciais e ancestrais, medos e traumas mais profundos, como com a sua história da dança.

Biografias

Joana Castro (Porto, 1988) é artista lésbica não-binária e desenvolve os seus projetos entre a dança, a performance e o som, tendo apresentado algumas das suas obras em Portugal, França, Bélgica, Alemanha e Brasil.

Para além de questões como a morte, o luto e rituais de fim atravessarem a sua vida pessoal e invadirem as suas criações, as questões de género são transversais ao seu percurso, numa pesquisa de um corpo que des(re)constrói a sua imagem e opera em estados ENTRE – no limiar das fronteiras do humano, sem género.



João Catarino (Faro, 1991) possui curso de Fotografia e Pós-produção do Atelier de Imagem e Curso de Pintura a Óleo da Nextart, Lisboa (2011) tendo exposto os seus trabalhos no Lx Factory, MOB, Fabrica Features, revista PANTA, Ever Magazine e no Vice com We are Mitra.

Desde 2015 trabalha como fotógrafo e videógrafo, realizando vários videoclipes, vídeos promocionais, projetos documentais, vídeo mapping, registo e edição de vídeos de criações na área da dança, performance, teatro e música.

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Eduardo Breda
Proskenion
Eduardo Breda

  • 9 junho 2023, 20h
  • Cinema São Jorge, Sala 3

Proskenion
Eduardo Breda

  • 9 junho 2023, 20h
  • Cinema São Jorge, Sala 3
  • 60 min
  • M/12

Realização Eduardo Breda
Com Fernando Ribeiro, Nuno Cardoso, Catarina Requeijo, Victor Hugo Pontes, Josué
Argumento Eduardo Breda
Produção Executiva Maria Olas
Revisão de Argumento Rui Pina Coelho e Maria Olas
Captação e Montagem Eduardo Breda
Participação
Nuno Cardoso, António M. Feijó, Manuel Tur, F. Ribeiro, José Álvaro Correia, Joel Azevedo, Elisabete Magalhães, António Afonso Parra, António Durães, Joana Carvalho, João Melo, Lisa Reis, Margarida Carvalho, Maria Leite, Mário Santos, Nuno Cardoso, Paulo Freixinho, Pedro Frias, Rodrigo Santos, Sérgio Sá Cunha, Inês Fonseca Santos, Maria João Cruz, Catarina Requeijo, Sandra Pereira, Gonçalo Egito, Andreia Mayer, Carolina Rosado, Isabel Inácio, Mariana Gomes, Luís Lopes, Feliciano Branco, Pedro Pires Miguel Fragata, Cirila Bossuet, João Gambino, José António Tenente, Nelson Carvalho, João Bento, Rita Sousa,Victor Hugo Pontes, Joana Craveiro, Rui Lima, Sérgio Martins, Wilma Moutinho, Leandro Leitão, Cristina Cunha, Daniela Cruz, Joana Ventura, Mariana Lourenço, António Júlio, Benedito José, Inês Azedo, Ivo Santos, José Ferreira, Luísa Guerra, Pedro Frias, Rui Pedro Silva, Santiago Mateus, Sofia Montenegro, Vera Santos, Emanuel Pina, Diná Gonçalves, Pedro Guimarães, Cátia Esteves, Ana Fernandes, António Bica, João Oliveira, Filipe Pinheiro, Adão Gonçalves, Alexandre Vieira, José Rodrigues, Nuno Gonçalves, Rui M. Simão, Filipe Silva, António Quaresma, Carlos Barbosa, Joel Santos, Jorge Silva, Lídio Pontes, Nuno Guedes, Paulo Ferreira, Fernando Costa.

Parceiro Institucional: República Portuguesa - Ministério da Cultura
Parceiros: Centro Nacional de Cultura
Residência artística Quinta do Chaínho
Agradecimentos:
C.R.I.M. Joana Ferreira e Isabel Machado
Teatro Nacional S.João (TNSJ) - Nuno Cardoso, Inês Sousa, Maria João Teixeira
Teatro Nacional D.Maria II (TNDMII) - André Pato, Pedro Pires, Carla Ruiz
CET - Centro de Estudos de Teatro, Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa - Rui Pina Coelho, Nome Próprio - Victor Hugo Pontes, Joana Ventura, Formiga Atómica - Miguel Fragata e Luna Rebelo, Mafalda Simões, Roger Madureira, Antonieta Olas, Catarina Gomes, Eduardo Fernandes, Inês Lousinha



Fernando, num mundo globalizado e em constante transformação, ocupa o seu tempo a desenhar outros lugares. Partilha o seu quotidiano com encenadores, intérpretes, coreógrafos, carpinteiros. Contrói cenografias para espectáculos ao mesmo tempo que renova o seu próprio atelier. O seu imaginário aproxima-nos desta arte que (des)codifica as palavras, traduz o indizível.
Mas além do Fernando, uma voz faz-se ouvir e interrompe o quotidiano.

Biografias

Eduardo Breda
Eduardo Breda, concluiu em 2008 a formação no curso de interpretação da Academia Contemporânea do Espectáculo (Porto); Em 2012, terminou a Licenciatura na Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa, no curso de Teatro, ramo Actores. Já em 2014 recebe uma bolsa do Centro Nacional de Cultura para realizar e produzir o seu primeiro documentário, O Retrato. Seguiu-se depois, Boa Alma (2015), Palácio de Cristal (2016) Caos Danado (2018). Proskenion é o seu novo documentário dentro deste grupo de documentários em torno das artes performativas.

Está neste momento a gravar os próximos documentários: “Este não é o teu corpo” através do percurso da bailarina e dramaturga Diana Niepce, e o filme documental em torno da temática da direcção vocal que acompanha o trabalho dos interpretes nas produções teatrais, a partir do trabalho do João Henriques.
Realizou também a web-série Os Muralistas (produzido pela After Wall & Dyrup). Para além do seu percurso como realizador, tem vindo a trabalhar como actor em vários projectos de Teatro e Cinema.

Fernando Ribeiro

Iniciou a sua formação artística na área da Pintura, com Alexandre Gomes, tendo completado o Bacharelato em Realização Plástica do Espectáculo e a Licenciatura em Design de Cena (2008) na Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa. Concluiu igualmente o curso de Pintura da Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa, o curso de Ilustração da Fundação Calouste Gulbenkian e o curso de técnica fotográfica do Instituto Português de Fotografia. Na área do teatro, concebeu espaços cénicos para espectáculos dirigidos por prestigiados encenadores e encenadoras. Em 2004, vence o segundo prémio de Escultura pela Cena d'Arte da Câmara Municipal de Lisboa. Em março de 2015, recebe a menção honrosa pela Associação Portuguesa de Criticos de Teatro.

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Alexandra Parames
1 Ano Antes
Luísa Fidalgo

  • 10-11 junho 2023, 19h
  • Casa Cheia | info@casacheia.pt

1 Ano Antes
Luísa Fidalgo

  • 10-11 junho 2023, 19h
  • Casa Cheia | info@casacheia.pt
  • 40 min
  • M/12

Criação e Interpretação: Luísa Fidalgo
Design: Carolina Peres
Som: Vera Condeço
Apoio Logístico: Casa Cheia
Agradecimentos: à Aura pela generosidade, à Mariana por acreditar no projecto, à María Gual pela criatividade, à Leny pelas leituras, à Rosado e ao Zé, pela partilha e olhar externo e sincero, ao Pedro, pelos Delirium, ao Leonardo pela ajuda sem trocas, à Alice e ao Miguel pela linha aberta e desafio e à Inês, pelo amor e apoio total. À Rosário e ao Zé.

Ao abrir uma gaveta, encontrei todas as agendas de Rosário, a minha mãe. Lembro-me de a ver escrever. Talvez tenha sido um reencontro. Quando abri a gaveta, estaria já preparada para “começar”? Independentemente da resposta, comecei.
A performance 1 ANO ANTES parte do ano e agenda de 1984, para estabelecer uma ligação entre a perda e a aleatoriedade da vida. Como se vai de um lugar fracturante a outro, de reconstrução?
Através da exposição ou retrato íntimo da perda, camuflada de celebração-quermesse guiada por uma entertainer, procura-se falar do luto e do que permanece, combinando humor com a vontade de levantar questões transversais a todos os que (ainda) vivem.

Biografias

Luísa Fidalgo é uma artista multidisciplinar, criadora e actriz. Licenciada em Ciências da Comunicação, formou-se como actriz com Yvonne D’Abbraccio (Roma) e no Esper Studio (NY). Criou e protagonizou as séries The Coffee Shop Series (SIC Radical, RTP2), Psychodrama, a partir de Brooklyn, Lisboa Azul (RTP2, HBO Max) e a exposição-performance “Luísa Fidalgo em EXPOSIÇÃO (Quem?)” na Fábrica Moderna. Com Maria de Mariana Marques, ganhou o prémio de melhor actriz no Dublin ISFMF. Em teatro, trabalhou com os Lisbon Players, Teatro Reflexo e Casa Cheia onde co-escreveu o texto de O Banquete.

MOMENTO II
e depois?
PROGRAMAÇÃO EM BREVE
14 OUT - 12 NOV
MOMENTO II