Temps d'Images

Appleton
24-25 Out 19h
60m
M/12
estreia absoluta

José André e Patrícia Portela

ESTALEIRO Almada/Orozco

Em 2019 Portela teve a oportunidade de visitar os frescos de OROZCO em Cabanas sobre a chegada dos “hispânicos” à América Latina. A ligação aos murais de Almada Negreiros na Gare Marítima de Lisboa foi imediata e incómoda. Como se olhasse num espelho que mostra o avesso da Historia que nos contaram na escola. Deu por si a imaginar-se num corredor onde, de um lado, está a gare de Alcântara, em Lisboa, que acolheu refugiados na WWII, os soldados regressados da guerra colonial após o 25 de abril, e também a casa das pinturas que Salazar encomendou a Almada para “mostrar a grandiosidade das conquistas portuguesas pelo mundo”.
Do outro lado do atlântico, um Orozco documenta a chegada destes “conquistadores”. Com fogo. Com sangue. Com crucifixos, armaduras e hábitos assustadores.
O objectivo desta instalação é fundir estes dois painéis um no outro, como se pudéssemos entrar num espaço e viver em simultâneo, a partida entusiasta dos barcos portugueses e a chegada desastrosa para quem habita o outro lado do atlântico no mesmo corpo.

Depois do sucesso da retoma do projecto Estaleiro na edição do ano passado, o Segundo Momento do Temps d’Images 2025 dá a conhecer a colaboração colectiva inédita entre José André, mestre dos efeitos especiais para cinema, e Patrícia Portela, escritora, dramaturga e criadora de diversos projectos transdisciplinares, na Appleton.

Desde as primeiras edições do Temps d’Images que o Estaleiro envolve criadores de diferentes áreas em projectos que incluam necessariamente imagem, sendo desafiados artistas de diferentes áreas a colaborarem na execução de um trabalho inédito.

Patrícia Portela
Autora de espectáculos, instalações e obras literárias. Reconhecida “pela peculiaridade da sua obra”, recebeu vários prémios dos quais destaca: Prémio ACARTE/FCG para Flatland I (2004) e Wasteband (menção honrosa, 2003), finalista do 1’ Prémio Multimédia Sonae/MNACC 2015 para Parasomnia. A sua literatura é aclamada pela crítica e foi finalista do Prémio APE 2013 com Banquete, finalista do Prémio Correntes d’Escritas e Prémio Ciranda 2022 com Hífen que Miguel Real considerou “histórico”.

José André
Coordenou instalações pioneiras em Portugal. Fundador de Irmalucia efeitos especiais em 1999, tem trabalhado com realizadores e artistas plásticos como Pedro Costa, Patrícia Portela, Gabriel Abrantes, João Botelho, João Tabarra, João Onofre, Sérgio Tréfaut, Fernando Vendrell, Carlos Conceição, João Pedro Rodrigues entre outros. Vencedor do prémio Sophia 2020 – Melhores efeitos especiais em Diamantino de Gabriel Abrantes.







criação
Patricia Portela e José André
apoio
Irmã Lucia efeitos especiais, CM Oeiras e Oeiras Valley



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