Esta nova criação parte da cabeça e do coração, colocando-os na condição de observadores e participantes de uma obra de arte.
Este olhar, em que nos imaginamos obra e artista, carrega em si a possibilidade de fazer nascer uma ténue chama dentro de nós, um fogo que Empédocles acreditava que Afrodite tinha colocado no olhar.
Partindo da síndrome de Stendhal, em que se pode ter vertigens, taquicardia e alucinações perante a presença de muitas obras de arte, o trabalho alimenta-se destes impactos no corpo, tomando a cabeça e o coração como espaços físicos e simbólicos da criação artística. As obras de arte que aqui citamos são as obras dxs artistas plásticos com xs quais iremos colaborar, tomando como referente as suas ligações ao(s) corpo(s), seja este um encontro vivo dentro da sua obra ou uma presença metafórica.
Estas obras coabitam connosco, são a nossa vida, as nossas histórias e as nossas tentações. Ao mesmo tempo que inventamos a sua história, inventamos a nossa, revelando os possíveis segredos de uma obra de arte.